No vídeo abaixo vou te explicar um pouco mais sobre essa especialidade e quando você deve procurar por um profissional para atender o seu filho ou a sua filha.
• Graduação em Medicina
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
• Residência Médica em Pediatria
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)
• Título de especialista em Pediatria
Pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
• Especialização em Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (USP-RP)
• Título de especialista em Gastroenterologia Pediátrica
Pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
Você já ouviu falar nessa especialidade da gastroenterologia pediátrica? Sabe quando deve procurar por esse profissional para atender o seu filho ou a sua filha?
A gastropediatria é uma especialidade pediátrica clínica (e não cirúrgica) que atua em situações que possam acometer o trato gastrointestinal e seus órgãos acessórios, em crianças e adolescentes. Portanto, doenças que possa acometer boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto, ânus, fígado, vesícula biliar ou pâncreas.
Neste contexto de doenças do trato digestivo, algumas são mais comuns na faixa etária pediátrica:
A APLV não mediada por IgE é uma forma de alergia ao leite que não envolve a produção de anticorpos IgE específicos (e por isso não adianta realizar exames de alergia que detectem esses anticorpos). Na APLV não IgE mediada a criança reage tardiamente à exposição ao leite, apresentando principalmente sintomas gastrointestinais.
Os sintomas de APLV não IgE mediado envolvem principalmente o trato gastrointestinal nas crianças. Os mais comuns incluem sangramento nas fezes, diarreia persistente, vômitos, irritabilidade ao mamar e dificuldade para ganhar peso.
O diagnóstico é feito por meio de uma abordagem que envolve um período de eliminação (onde se retiram todos os produtos que possam conter proteínas do leite de vaca), para verificar se os sintomas apresentados pela criança melhoram. Posteriormente à melhora, é programado com o médico uma provocação alimentar, ingerindo produtos com as proteínas do leite. Se os sintomas da criança retornarem, está fechado o diagnóstico.
Não. Intolerância à lactose e alergia ao leite são condições diferentes.
Na intolerância à lactose o organismo não produz a quantidade suficiente da enzima lactase, responsável por quebrar a lactose (que é o açúcar presente no leite e nos produtos lácteos). Isso resulta em sintomas intestinais, como gases, cólicas, diarreia e inchaço, após o consumo de alimentos que contenham lactose.
Já a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma reação imunológica do organismo às proteínas presentes no leite de vaca, como a caseína e as proteínas do soro. Na APLV existem as formas de reação imunológica mediadas por IgE e as não mediadas por IgE, que geram sintomas diferentes, porém o tratamento nas duas formas é semelhante: exclusão da dieta de todos os produtos que contenham leite.
O refluxo fisiológico é um tipo normal e muito comum de refluxo que ocorre em bebês e não representa uma condição de saúde preocupante. O conteúdo do estômago volta ocasionalmente para o esôfago devido à imaturidade do sistema digestivo do bebê. No refluxo fisiológico, os bebês geralmente regurgitam sem apresentar desconforto significativo ou prejuízo no ganho de peso. Isso acontece principalmente nos primeiros meses de vida e tende a melhorar à medida que o sistema digestivo do bebê amadurece.
Já a doença do refluxo gastroesofágico, ou DRGE, é uma condição médica mais séria que ocorre quando o refluxo é excessivo e causa sintomas problemáticos.
Nessa condição, o conteúdo do estômago, como leite ou alimentos, volta com frequência para o esôfago, causando irritação e inflamação. Isso pode levar a sintomas como regurgitação frequente, choro excessivo após as mamadas, problemas de sono, irritabilidade e recusa alimentar. Em alguns casos mais graves, a DRGE pode afetar o ganho de peso e o crescimento do bebê.
Evacuações com frequência menor que 2 vezes na semana por um período maior do que um mês, ou evacuações dolorosas com fezes ressecadas, ou presença de escapes fecais (aquela perda de fezes que a criança nem percebe e que suja a roupa íntima) são todos sinais que devem chamar atenção para um intestino constipado.
Na maior parte das vezes essa constipação intestinal não está relacionada à uma doença orgânica e pode ter um manejo terapêutico mais simples. Mas em alguns casos, deve ser feito uma investigação mais ampla, pois pode ser na verdade um sintoma de uma outra doença. E nesses casos, o tratamento será direcionado para a doença de base.
A doença celíaca é uma condição autoimune em que o sistema imunológico da criança reage de forma anormal ao glúten, uma proteína encontrada em alguns cereais, como trigo, cevada e centeio. Essa reação provoca danos à mucosa do intestino delgado, prejudicando a absorção adequada de nutrientes essenciais dos alimentos.
O diagnóstico da doença celíaca é feito a partir de exames de sangue e de endoscopia com biópsias do intestino delgado.
Se não diagnosticada e não tratada, a doença celíaca pode levar a problemas de saúde importantes, secundários a essa absorção inadequada de nutrientes, tais como:
6. Problemas de pele: a doença celíaca pode causar erupções cutâneas, como dermatite herpetiforme.
A endoscopia digestiva alta é um exame que permite a visualização do esôfago, do estômago e da parte inicial do duodeno.
A indicação do exame vai depender dos sintomas da criança, mas alguns exemplos de motivos pra se pedir uma endoscopia são sintomas de dor abdominal persistente e sem uma causa definida, refluxo gastroesofágico grave, suspeita de doença celíaca ou de doença inflamatória intestinal, dificuldade para engolir ou engasgos frequentes, avaliação de lesões ou de pólipos encontrados em outros exames, entre outras situações nas quais o médico pode suspeitar de alterações do sistema digestivo e solicitar o exame.
Situações de dificuldade crônica para engolir (disfagia) nas crianças devem chamar atenção para algum problema de saúde associado. Algumas vezes, essa dificuldade vai gerar sintomas sutis, como uma maior demora para terminar as refeições, necessidade frequente de ingerir líquidos enquanto se come comidas sólidas, tosse frequente ao se alimentar ou até mesmo uma perda de peso inexplicada.
Em crianças saudáveis, sem uma doença prévia associada, a principal hipótese diagnóstica que deve ser investigada é a esofagite eosinofílica, uma condição crônica em que o esôfago apresenta inflamação causada por uma reação alérgica a alimentos ou outros alérgenos.
A intolerância à lactose é uma condição em que o corpo tem dificuldade em digerir a lactose (que é o açúcar encontrado no leite e em produtos lácteos). Ela ocorre devido à produção insuficiente da enzima lactase, responsável por quebrar a lactose em componentes menores que podem ser absorvidos pelo organismo.
O diagnóstico de intolerância à lactose é geralmente baseado em uma combinação de história clínica, sintomas apresentados pelo paciente e alguns testes específicos.
O teste mais comum é o teste de absorção da lactose. Nesse teste o paciente ingere uma quantidade específica de lactose e, em seguida, são realizadas medições do nível de glicose no sangue em intervalos regulares. Se o corpo tiver dificuldade em digerir a lactose ingerida, o nível de glicose no sangue não aumentará como o esperado.
O teste de hidrogênio no ar expirado. Ele mede a quantidade de hidrogênio presente no ar expirado após a ingestão de lactose. Quando a lactose não é bem digerida, as bactérias no intestino grosso produzem hidrogênio, que é absorvido na corrente sanguínea e expirado pelos pulmões. Níveis elevados de hidrogênio no ar expirado indicam má digestão da lactose.
Por fim, apesar de muito difundido, o teste genético de intolerância à lactose não é um bom exame diagnóstico. Ele analisa o material genético de uma pessoa em busca de variações nos genes associados à produção da enzima lactase. No entanto, as variações genéticas relacionadas à intolerância à lactose não são o único fator determinante da doença, que também pode ser influenciada por fatores ambientais, como a idade, histórico de infecções gastrointestinais, uso prolongado de antibióticos ou outros problemas de saúde.
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